Desestabilizou tudo. Ao invés da família se unir, ela se afastou e problemas e problemas foram surgindo. Eu não entendo a lógica de "família" que se tem dentro da minha família. Minha mãe fala que foi a criação que eles receberam, a culpa é sempre da criação que os pais deram aos seus filhos. Os séculos passam é a desculpa vai ser sempre a mesma. AH, detalhe, a família a qual eu me refiro é a por parte de pai.
Desde então o Natal não me traz mais aquela emoção no peito, a felicidade de reunir todo mundo na casa da minha madrinha, os presentes são o de menos já que ninguém nunca acertou na escolha.
A situação ficou um pouco melhor depois que a minha priminha de segundo grau nasceu, a Maria Eduarda, agora com 6 anos, a nossa Duda. Branquinha, enorme olhos verdes, com os cachinhos loirinhos, parecia mesmo um anjinho desses que a gente vê nas ilustrações de histórias ao longo da vida. Há 6 anos que o meu Natal é pra ela, que eu faço questão de ir comprar os presentinhos pra ela e confesso que é uma verdadeira nostalgia entrar nos setores infantis, passo horas olhando cada coisinha, averiguando os mínimos detalhes e, por sorte ou não, ela sempre gosta dos presentes.
Hoje é dia de mais um Natal e eu estou ansiosa para ver a minha pequena Duda, faz meses que eu não a veja e não recebo aquele abraço pelas pernas, devido à pouca altura que ela tem. Será que ainda consigo carregá-la?
Mesmo morando em São Paulo, toda vez que eu chego em Salvador, ela me recebe com a maior felicidade, parece que quer recuperar os meses de distância.
Mais um Feliz Natal pro anjinho da família.
